Furiosos, torcedores do América protestam na saída dos jogadores, após o fim do jogo.
(Foto: Gabriel Andrezo)
Gabriel Andrezo
(Em Mesquita - RJ)
Na primeira partida das duas equipes no campeonato, lá no longínquo 16 de julho, o América derrotou o Bonsucesso com um sonoro 4 a 0, em Édson Passos. Quem esperava o mesmo neste sábado, certamente se decepcionou muito. A zebra passeou em Mesquita, e o Bonsucesso derrotou o favorito América, por 2 a 1. O Mecão perdeu uma chance de ouro de finalmente liderar a 2ª fase, já que Goytacaz e Sendas não venceram seus jogos.
O JOGO
O começo do América foi arrasador. Aos 2 minutos, Alexsandro quase marcou seu 13º gol na Segundona desta ano, acertando o travessão de Rodrigo Conceição, após bater de voleio. Claudemir levou muito perigo numa cobrança de falta, já no minuto seguinte. O goleiro do Cesso teve que trabalhar. Aos 6, Adriano chutou forte, mas Arílson salvou o gol em cima da linha, depois de bom lance de Alexsandro. A blitz americana não parava. Aos 16, Da Costa entrou pela esquerda e cruzou para Alexsandro, sempre ele, cabecear para fora.
No segundo tempo, depois de 45 minutos sem gols, o América parecia que ia finalmente mostrar as garras e abrir o marcador. Pelo menos é o que a torcida esperava. Só que já no primeiro minuto, a história tomou um rumo inesperado. Amauri, que havia entrado ainda no primeiro tempo, arrancou pela esquerda, e cruzou para Alan, livre, tocar no canto esquerdo de Roberto: Bonsucesso 1 a 0. Surpresa em Édson Passos.
O América, se vendo pressionado, começou a errar muitos passes. As jogadas simplesmente não andavam, e o Bonsucesso se aproveitava desses erros. Aos 12 minutos, mais um golpe duro para os torcedores rubros. Bruninho chutou forte, de fora da área. A bola quicou no gramado úmido, na frente de Roberto, e entrou no canto direito. Dois a zero para o Bonsucesso. Na comemoração, Bruninho foi comemorar o gol diante da torcida americana. Willian liderou a dança da comemoração, irritando a arquibancada. O clima no Giulite Coutinho esquentou de vez.
Se os torcedores já estavam perdendo a paciência com Márcio e Júnior, que erravam muitos passes, o treinador Clovis de Oliveira também não foi poupado das críticas. De tanto que ouviu, resolveu agir: lançou Gérson e Léo Itaperuna, nos lugares de Júnior e Têti, respectivamente. O time melhorou e buscou mais o gol. Cada vez mais, o América chegava, mas a conclusão era ruim. O Bonsucesso perdeu Rodrigo Belém, machucado, após uma dividida. O zagueiro chegou a ficar desacordado por alguns instantes, tendo sido substituído por Jhonata. Aos 25, o América chegou novamente: Da Costa levou perigo real, ao entrar pela esquerda, e chutar forte, por cima do gol.
E foi justamente no lance que parecia mais despretensioso, que o América marcou o gol. Aos 29, Márcio arriscou de fora da área, e escorregou. Quis o destino que a bola batesse na defesa rubro-anil, e enganasse Rodrigo Conceição. Gol do América, e festa da torcida, que passou a acreditar na reação.
Aos 38, o lance mais dramático do jogo para os torcedores do América: Alexsandro entrou pela esquerda da área, e chutou na trave, quase empatando o jogo. O Bonsucesso, por sua vez, quase matou o jogo aos 42. Num rápido contra-ataque, Rafael Paty lançou, e Alan ficou livre diante de Roberto, mas chutou justamente em cima do goleiro. Apesar dos sete minutos de acréscimo dados pelo árbitro, o América não chegou mais com perigo à área rubro-anil.
Depois do apito final, festa da pequena torcida do Bonsuça, e muita comemoração dos atletas em campo. Com a vitória, o BFC sai da incômoda lanterna, e volta a sonhar. Os jogadores do América saíram para os vestiários sob vaias e protestos de um grupo de torcedores mais exaltados. De fato, nenhum americano saiu do Giulite Coutinho feliz neste sábado à tarde. Muito pelo contrário.
América 1-2 Bonsucesso
América: Roberto; Claudemir, Luiz Antônio, Naílton e Da Costa; Diguinho, Júnior (Gérson), Márcio e Têti (Léo Itaperuna); Adriano e Alexsandro. Técnico: Clóvis de Oliveira.
Bonsucesso: Rodrigo Conceição; Arílson, Vitor Hugo, Rodrigo Belém (Jhonata) e Esquerdinha; Júlio César, Willian (Rondinele), Bruninho e Jones Carioca (Amauri); Alan e Rafael Paty. Técnico: Ronald Cabral.
Árbitro: André Luiz Ramos.
Assistentes: Vinícius Nascimento e Gilberto Stina Pereira.
Público: 756 pagantes | Renda: R$ 4145,00
Cartões amarelos: Alan, Bruninho, Jones Carioca, Rafael Paty e Rondinelli (BFC); Júnior (AFC).
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